Alagamento no Louvre danifica 400 obras e provoca greve de funcionários por falta de manutenção em edifício histórico após série de incidentes.

Recentemente, um incidente alarmante no Museu do Louvre, em Paris, resultou em danos significativos a cerca de 400 obras da sala de Antiguidades Egípcias. O evento ocorreu no dia 26 de novembro e trouxe à tona preocupações sobre a segurança e a gestão do famoso museu, gerando uma greve entre os funcionários, que alegam desprezo por parte da administração em relação às emergências estruturais do edifício histórico.

O alagamento foi atribuído a um problema no sistema hidráulico que alimenta o sistema de aquecimento e ventilação da biblioteca localizada na Ala Mollien. Segundo informações, a falha estaria relacionada a uma abertura inadequada de uma válvula, que provocou um vazamento em um cano no teto. Essa água inundou a sala de Antiguidades Egípcias, resultando em danos consideráveis a periódicos de egiptologia e documentação científica que datam do final do século 19 e início do século 20.

Francis Steinbock, vice-administrador do museu, confirmou que entre 300 e 400 obras foram afetadas, mas enfatizou que não há risco de “perdas irreparáveis e permanentes” na coleção. Apesar da tranquilidade transmitida pela administração, o incidente ressuscitou as preocupações sobre a segurança das obras e a infraestrutura do museu.

Em resposta ao alagamento, os funcionários do Louvre iniciaram uma greve e a possibilidade de sua extensão a partir do dia 15 foi levantada. Três dos principais sindicatos do museu notificaram a direção sobre o sentimento de negligência em relação à segurança da instituição, citando o recente histórico problemático do espaço. Apenas algumas semanas antes da inundação, em 17 de novembro, o Louvre havia anunciado o fechamento temporário da Galeria Campana devido a instabilidades nas vigas que sustentam os pisos.

Além desses problemas estruturais, a segurança do Louvre também foi comprometida por um assalto ocorrido em 19 de outubro, quando quatro ladrões invadiram o espaço e levaram joias da Era Napoleônica, avaliadas em impressionantes R$ 550 milhões. Esses eventos consecutivos levantam importantes questionamentos sobre a segurança e o gerenciamento do museu, um dos mais icônicos do mundo, que atrai milhões de visitantes anualmente. A vigilância sobre as obras e a preservação de sua história são mais urgentes do que nunca.

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