‘Ainda estou aqui’, filme de Walter Salles, emociona crítica e público em Veneza e recebe possíveis indicações ao Oscar.



O filme “Ainda estou aqui”, apresentado no Festival de Cinema de Veneza no último domingo (1), recebeu uma aclamação calorosa do público e da crítica internacional, sendo ovacionado por dez minutos consecutivos. Dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres, a obra foi apontada como potencial candidata a prêmios de destaque, incluindo o Oscar. A trama é baseada no livro homônimo escrito por Marcelo Rubens Paiva em 2015, que relata a história de sua família em meio à ditadura militar no Brasil.

No filme, Fernanda Torres interpreta Eunice Paiva, mãe de Marcelo e viúva de Rubens Paiva, um engenheiro civil e político brasileiro desaparecido durante o regime militar. Ao lado de sua filha, Eliana, Eunice empreende uma busca incansável por justiça e pela verdade sobre o paradeiro de seu marido. A trama se desenrola mostrando a luta da família Paiva contra a opressão e a desinformação militar, culminando na revelação da verdade em 2014 pela Comissão Nacional da Verdade.

Após décadas de insistência e coragem, Eunice finalmente obteve o reconhecimento de que Rubens Paiva foi torturado e assassinado em um quartel, com seus restos mortais sendo descartados no mar posteriormente. A família enfrentou diversos obstáculos ao longo da investigação, incluindo a fabricação de versões falsas sobre o desaparecimento do político por parte das autoridades militares.

O filme de Walter Salles não apenas retrata a difícil jornada enfrentada pela família Paiva, mas também ecoa a importância da memória e da justiça em tempos de opressão e violência institucionalizada. Com atuações marcantes de Fernanda Torres e Selton Mello, o longa promete emocionar o público e despertar reflexões profundas sobre os tempos sombrios da ditadura militar no Brasil.

Em meio a aplausos efusivos e elogios rasgados da crítica, “Ainda estou aqui” se destaca como uma produção cinematográfica impactante e necessária, capaz de resgatar do passado as vozes silenciadas pela censura e a repressão. Aguarda-se com expectativa a chegada do filme aos cinemas brasileiros, certamente para despertar debates e questionamentos relevantes sobre a história do país e a luta por justiça e memória.

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