AIEA Aprova Resolução Contra Irã com Apoio Limitado e Recebe Críticas da Rússia por Decisão Politicamente Motivada e Desequilibrada.

Na última quinta-feira, 12 de junho, durante uma sessão na sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Viena, foi aprovada uma resolução crítica ao programa nuclear do Irã. A medida, no entanto, obteve o respaldo de uma maioria estreita, evidenciando a divisão entre os membros do conselho. O representante da Rússia, Mikhail Ulyanov, manifestou seu descontentamento em relação à decisão, argüindo que ela reflete a falta de comprometimento dos países ocidentais com o Acordo Nuclear Iraniano, conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA).

Ulyanov comentou sobre as demandas unilaterais que foram dirigidas ao Irã durante os debates, destacando que, enquanto os países ocidentais exigiam que Teerã voltasse a obedecer todas as cláusulas do acordo, eles mesmos não demonstraram qualquer intenção de aliviar as sanções que pesam sobre o país persa. A atitude, segundo o diplomata russo, mostra um viés político que contamina o trabalho da AIEA.

A reunião que levou à adoção da resolução começou na segunda-feira, 9 de junho, e se estenderá até 13 de junho, envolvendo discussões não apenas sobre o Irã, mas também sobre outras questões relevantes da agenda internacional, como o programa nuclear da Coreia do Norte, a situação na Síria, além das novas diretrizes de controle nuclear surgidas a partir da aliança trilateral entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, conhecida como AUKUS. Além disso, temas sobre segurança nuclear na Ucrânia também foram destacados nos debates.

A crescente tensão em torno do programa nuclear iraniano e as dinâmicas geopolíticas entre as nações ocidentais e a Rússia indicam que a situação poderá se agravar. Com a resolução sendo vista como um reflexo das pressões externas sobre o Irã, a eficácia da AIEA em promover um diálogo construtivo e imparcial será colocada à prova nas próximas sessões do conselho. A expectativa agora gira em torno da possível reação do Irã e como isso poderá impactar o cenário político no Oriente Médio e além.

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