Ulyanov comentou sobre as demandas unilaterais que foram dirigidas ao Irã durante os debates, destacando que, enquanto os países ocidentais exigiam que Teerã voltasse a obedecer todas as cláusulas do acordo, eles mesmos não demonstraram qualquer intenção de aliviar as sanções que pesam sobre o país persa. A atitude, segundo o diplomata russo, mostra um viés político que contamina o trabalho da AIEA.
A reunião que levou à adoção da resolução começou na segunda-feira, 9 de junho, e se estenderá até 13 de junho, envolvendo discussões não apenas sobre o Irã, mas também sobre outras questões relevantes da agenda internacional, como o programa nuclear da Coreia do Norte, a situação na Síria, além das novas diretrizes de controle nuclear surgidas a partir da aliança trilateral entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, conhecida como AUKUS. Além disso, temas sobre segurança nuclear na Ucrânia também foram destacados nos debates.
A crescente tensão em torno do programa nuclear iraniano e as dinâmicas geopolíticas entre as nações ocidentais e a Rússia indicam que a situação poderá se agravar. Com a resolução sendo vista como um reflexo das pressões externas sobre o Irã, a eficácia da AIEA em promover um diálogo construtivo e imparcial será colocada à prova nas próximas sessões do conselho. A expectativa agora gira em torno da possível reação do Irã e como isso poderá impactar o cenário político no Oriente Médio e além.