Os pesquisadores usaram simulações de computador avançadas para analisar como a água se formou nos detritos deixados por explosões de supernovas, que são os estágios finais da vida de estrelas massivas. Quando essas estrelas colapsam, elas atingem temperaturas extremas e suas reações nucleares geram uma variedade de elementos, incluindo oxigênio, que se combina com hidrogênio no ambiente circundante, resultando na formação de água. Essa nova abordagem sugere que a água não apenas esteve presente em um estágio inicial da vida cósmica, mas também que os ingredientes primordiais para a formação de planetas habitáveis estavam disponíveis bilhões de anos antes do que se pensava.
Os autores do estudo enfatizam a importância da água na formação das primeiras galáxias, ressaltando que sua presença era fundamental para criar as condições necessárias para que a vida prosperasse. Assim, embora o hidrogênio tenha se formado logo após o Big Bang, o oxigênio e outros elementos mais pesados precisavam ser produzidos nas reações dentro das estrelas. Após a explosão dessas estrelas, as nuvens resultantes se tornaram locais propícios para a formação de novas estrelas e até mesmo planetas, enriquecendo-os com água primitiva.
Essa descoberta não apenas lança nova luz sobre a história da água no universo, mas também oferece indícios de que a existência de água líquida em planetas é uma possibilidade muito mais antiga do que anteriormente considerado. Isso abre novas perspectivas para a astrobiologia e a busca por vida em outros planetas, enfatizando que a água, um componente chave para a vida, poderia ter surgido bem mais cedo, tornando algumas regiões do universo mais adequadas para a habitabilidade do que previamente acreditado.