AGU recorre ao TRF1 contra decisão que negou retirada do ar de postagens de jornalista que associava Flávio Dino ao Comando Vermelho.


A Advocacia-Geral da União (AGU) do governo Lula entrou com recurso no Tribunal Regional da 1ª Região (TRF1) contra a decisão que negou a retirada de postagens do jornalista Tiago Pavinatto. Nas publicações, Pavinatto levanta indícios de uma suposta proximidade do então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, com o Comando Vermelho, resultando em uma ação que busca uma indenização de R$ 300 mil por supostos danos causados à União.

Essa decisão de rejeitar o pedido da AGU foi tomada pela 14ª Vara da Justiça Federal, em Brasília. Na ação, a União exige uma retratação do conteúdo falso divulgado pelo jornalista, que associava o Ministro da Justiça e Segurança a atividades criminosas, incluindo narcotráfico e tentativa de golpe de Estado.

O pedido de tutela de urgência, que visava remover as postagens do jornalista antes do julgamento da ação, foi negado. Pavinatto baseou-se na visita de Dino ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, em março de 2023, para insinuar uma ligação entre o então ministro e a organização criminosa. Atualmente, Dino ocupa uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF).

A AGU alega que o dano causado pela disseminação de informações falsas afeta não apenas Flávio Dino, mas também a União como um todo. A desinformação propagada pelo jornalista prejudica a atuação do Poder Executivo da União, comprometendo a legitimidade e a eficácia do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Portanto, a AGU recorreu da decisão da 14ª Vara, argumentando que a notícia falsa veiculada por Pavinatto gera consequências que vão além do âmbito pessoal de Flávio Dino, atingindo a instituição como um todo. A contínua deslegitimação da atuação do Poder Executivo enfraquece o Estado Democrático de Direito e compromete a credibilidade das instituições governamentais.

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