Agnes Keleti, nascida em 1921, teve uma carreira marcada por desafios e superações. Durante a Segunda Guerra Mundial, a icônica ginasta teve sua trajetória interrompida devido à perseguição aos judeus. Com ascendência judaica, ela foi forçada a deixar a equipe de ginástica e precisou se esconder no interior do país. Infelizmente, seu pai e vários parentes não tiveram a mesma sorte e faleceram no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.
Apesar das adversidades, Agnes Keleti retomou sua carreira e conquistou seu primeiro ouro nas Olimpíadas de Helsinque, em 1952, aos 31 anos. Sua consagração veio nos Jogos de Melbourne, em 1956, quando ganhou quatro medalhas de ouro e se tornou a ginasta mais velha a se sagrar campeã olímpica, aos 35 anos.
Após sua brilhante carreira como atleta, Agnes mudou-se para Israel, onde se casou e teve dois filhos. Além disso, ela trabalhou como professora de educação física e chegou a treinar a seleção israelense de ginástica.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) lamentou a perda de Agnes Keleti e a classificou como a “maior ginasta produzida pela Hungria”. Em nota, o COI destacou a importância de sua trajetória e os desafios que enfrentou ao longo de sua vida.
A morte de Agnes Keleti representa uma perda irreparável para o esporte e para todos aqueles que admiravam sua história de superação e conquistas. Sua memória e legado como uma das maiores ginastas da história serão eternizados no mundo esportivo.