Documentos divulgados pela coluna mostram que Fábio Pontes, após ser aprovado no processo seletivo interno da PRF para realizar o Curso de Formação de Instrutores em 2023, foi considerado inapto por não atingir a nota necessária na disciplina de Armamento, Munição e Tiro (AMT). Essa disciplina, que aborda o estudo teórico e prático sobre armas de fogo, funcionamento, balística e técnicas de tiro, é fundamental para a capacitação dos agentes da PRF, visando prepará-los para treinar os colegas ingressantes na corporação.
Além de Fábio, outro agente da PRF também enfrentou reprovação no curso de instrutores. Leandro Ramos da Silva, que tentou se tornar instrutor da PRF, foi eliminado do processo seletivo em 2023 após não passar na disciplina de Aspectos Legais dos Procedimentos Policiais, que envolve um conjunto de normas que regulam a atuação das forças de segurança pública, garantindo uma atuação legal, proporcional e respeitosa aos direitos fundamentais dos cidadãos.
Diante dessas revelações, a PRF afastou Fábio Pontes, Leandro Ramos e Camila de Cassia Silva Bueno – os três agentes envolvidos na abordagem desastrosa que culminou no tiro na cabeça da jovem Juliana Leite Rangel. Atualmente, eles exercem funções administrativas na Superintendência do Rio de Janeiro e estão afastados das atividades operacionais por tempo indeterminado, aguardando o desenrolar das investigações.
Procurada pela imprensa, a PRF se pronunciou afirmando que as reprovações nesses cursos não estão diretamente ligadas ao trabalho ordinário dos policiais rodoviários federais, mas sim às habilidades específicas necessárias para exercer a função de instrutor na corporação. Enquanto isso, Fábio e Leandro se mantêm em silêncio em relação aos acontecimentos recentes, mesmo diante das perguntas da imprensa. A sociedade aguarda por mais esclarecimentos sobre esse triste episódio que chocou a todos.