De acordo com os advogados, em nota enviada ao Portal Leo Dias, Mário César teria impedido os demais filhos de terem acesso a Zagallo, o que teria levado o ex-técnico a acreditar que estava abandonado, resultando em doações milionárias ao filho em questão, além de beneficia-lo no testamento em detrimento dos outros herdeiros.
Além disso, os representantes legais dos filhos excluídos do testamento afirmaram que foram observados saques em quantias incompatíveis com o padrão de vida de Zagallo, levantando suspeitas sobre a movimentação financeira e a gestão do patrimônio do ex-técnico. Os herdeiros já estão buscando amparo judicial para proteger seus direitos.
O patrimônio de Zagallo está avaliado em cerca de R$ 15 milhões e inclui cinco imóveis, um apartamento de luxo avaliado em R$ 7 milhões, uma casa de veraneio no valor de mais de R$ 1 milhão, além de parte de um terreno no Rio de Janeiro e dois outros apartamentos.
As suspeitas sobre a gestão dos bens de Zagallo tiveram início em 2012, quando Mário César teria solicitado à esposa do ex-técnico a assinatura de um documento de antecipação de herança, o que foi recusado por ela. As doações expressivas para Mário César entre 2013 e 2016 despertaram preocupações, especialmente devido aos saques recorrentes em dinheiro em espécie, que variavam entre R$ 90 mil e R$ 120 mil por mês.
Diante desses acontecimentos, o embate pela herança de Zagallo promete se prolongar nos tribunais, enquanto os herdeiros buscam resguardar seus direitos e esclarecer as suspeitas levantadas sobre a administração do patrimônio do icônico ex-técnico da seleção brasileira.