Felix Jayme da Cunha, antigo sócio do escritório de advocacia de Sérgio Martins, foi um dos principais alvos da Operação, que investiga um esquema de corrupção no TJ-MS envolvendo lobistas, servidores e parentes de magistrados. Segundo a PF, em mensagens trocadas com Danillo Moya Jerônymo, servidor afastado no contexto da Última Ratio, o advogado teria mencionado um “leilão danado” e antecipado resultados de julgamentos.
O diálogo entre Felix e Danillo revelou referências codificadas a desembargadores, como “Bolachinha”, “Marcão” e “Divoncir”, suspeita-se que Sergio Fernandes Martins seja o “Bolachinha” citado. Além disso, a PF encontrou mensagens de 2019 em que os envolvidos discutiam pagamentos a um desembargador apelidado de “Gordo”, que possivelmente seria Marcos Brito.
Os investigadores acreditam que as decisões proferidas pelos desembargadores Martins, Divoncir Schreiner Maran e Marcos José de Brito Rodrigues em abril de 2021 foram influenciadas por corrupção. A suspeita recai sobre um suposto esquema de propinas, equivalente a 9 arrobas de gado, que seriam pagas aos magistrados.
Como desdobramento da Operação Última Ratio, além do afastamento do presidente do TJ-MS e de outros quatro magistrados, todos os envolvidos, incluindo Felix e Danillo, terão que usar tornozeleira eletrônica. A investigação promete trazer à tona mais detalhes sobre a corrupção no sistema judiciário do estado de Mato Grosso do Sul.