As declarações do advogado surgiram em um contexto tenso, onde Gonet solicitou a prisão de Cid, alegando que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro estaria planejando uma fuga clandestina para fora do Brasil. Essa acusação se baseia, em parte, em relatórios que indicam que familiares de Cid viajaram para os EUA, levantando suspeitas sobre a intenção de evasão. Além disso, o procurador mencionou que o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, estaria envolvido em esforços para garantir um passaporte português para Cid, o que poderia facilitar sua saída do país de forma ilegal.
Após a polêmica em torno de suas declarações iniciais, Bitencourt se retratou, pedindo desculpas pela forma como se expressou em sua crítica ao procurador. A tensão tomou outro rumo quando Machado, que foi detido pela Polícia Federal em Recife, teve sua prisão preventiva revogada na noite de sexta-feira. Por outro lado, a investigação sobre Mauro Cid e suas possíveis intenções de fuga continua em andamento, especialmente após a viagem de seus familiares ao exterior.
Esta situação levanta preocupações sobre a integridade do processo judicial, além de questionar a segurança das trajetórias de figuras políticas que estiveram envolvidas na administração anterior. As movimentações em torno do caso Cid remetem à complexa intersecção entre política e justiça no Brasil, onde acusações de fuga podem aumentar a pressão sobre indivíduos já envolvidos em investigações sensíveis.