Advogado com problema cardíaco grave se recusa a transplante, mas muda de ideia após conversa com psicóloga do hospital.



No dia em que o advogado Jovino Magalhães, de 58 anos, não conseguiu subir as escadas de sua casa em 2023, uma trágica descoberta o aguardava. Com dois stents no coração, Jovino foi confrontado com a seriedade de seu problema cardíaco, que se provou mais radical do que imaginava.

Após um episódio em que o cansaço o paralisou, Jovino necessitou de assistência médica e foi rapidamente levado ao Hospital do Coração, localizado na região central de São Paulo. Desconcertado, o advogado recebeu o diagnóstico sombrio de que estava morrendo e precisava de internação imediata na UTI.

Inicialmente relutante em realizar um transplante de coração, Jovino refletiu sobre a questão após uma conversa com uma psicóloga do hospital. Após seis meses e meio na fila de espera, Jovino finalmente realizou o transplante em setembro daquele ano, num momento coincidente com a cirurgia similar do apresentador Faustão.

Após o êxito do procedimento, Jovino passou a frequentar o hospital com um propósito diferente — oferecer apoio e conforto aos pacientes na fila de transplantes. Uma das pessoas com quem estabeleceu laços foi Celso Luiz, um desenvolvedor de sistemas que aguardava angustiosamente por um novo coração.

A jornada de Celso, marcada por internações prolongadas e momentos críticos, motivou sua filha, Caroline Ciarini, a criar uma campanha de conscientização sobre a importância da doação de órgãos e transplantes cardíacos nas redes sociais. A família compartilha informações e histórias, buscando desmistificar o assunto e incentivar a solidariedade.

Dados do Ministério da Saúde revelam a realidade de 444 pessoas aguardando por transplantes de coração no Brasil, sendo que o estado de São Paulo lidera a lista, com 254 pacientes na fila. Homens entre 50 e 64 anos constituem o maior grupo de espera, evidenciando a demanda urgente por órgãos doados.

O caminho para a obtenção de um novo coração é complexo e envolve critérios técnicos precisos, como tipo sanguíneo, compatibilidade genética e gravidade da doença. A escassez de órgãos e a demora nas filas ressaltam a importância da conscientização sobre a doação de órgãos e a solidariedade entre indivíduos.

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