Advogada que salvou família de incêndio começa a se recuperar após dois meses em coma induzido

Após quase dois meses em coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a advogada Juliane Vieira, de 28 anos, segue uma trajetória de recuperação. Recentemente, ela começou a despertar e já demonstra capacidade de se comunicar com seus familiares. A jovem sofreu ferimentos graves ao tentar salvar sua mãe e seu primo de apenas quatro anos durante um incêndio em um prédio situado no centro de Cascavel, no oeste do Paraná.

Juliane está sendo tratada no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Universitário de Londrina, uma instituição renomada no manejo de queimaduras severas. De acordo com sua mãe, Sueli Vieira, embora o estado de saúde da filha permaneça delicado, há evidências positivas de sua evolução. Em suas palavras, “Ela está acordando aos poucos e conseguindo se comunicar”.

O incêndio ocorreu há exatamente dois meses e, conforme a conclusão da investigação realizada pela Polícia Civil, o fogo não foi provocado por ações criminosas. O laudo pericial indicou que as chamas se originaram na cozinha do apartamento localizado no 13º andar de um edifício que fica no cruzamento das ruas Riachuelo e Londrina, especificamente no bairro Country.

Cenas dramáticas emanaram do evento, com imagens que circularam pelas redes sociais mostrando Juliane pendurada em um suporte de ar-condicionado, à beira de um ato heroico para salvar sua família. Dentro do apartamento estavam Sueli, de 51 anos, e seu neto, Pietro, de 4 anos. Juliane conseguiu retirar os dois para fora, mas não sem antes sofrer queimaduras em 63% de seu corpo, o que levou a um resgate árduo feito pelo Corpo de Bombeiros.

A mãe de Juliane, Sueli, enfrentou queimaduras no rosto e nas pernas, além de ter sofrido lesões nas vias respiratórias causadas pela inalação de fumaça. Ela ficou internada em um hospital local por 11 dias. O pequeno Pietro foi transferido para Curitiba, onde ficou hospitalizado por 16 dias, recebendo alta no final de outubro.

O resgate também não foi isento de percalços: dois bombeiros ficaram feridos durante a operação. Um deles, que sofreu queimaduras nos braços e costas, precisou ser internado temporariamente, enquanto o outro recebeu atendimento médico devido a ferimentos nas mãos.

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