Em um tom crítico e propositivo, a candidata destacou a necessidade de uma advocacia independente e livre de politização excessiva, que, segundo ela, tem sido uma realidade na atual gestão da OAB/AL. Para Lavínia, a advocacia alagoana encontra-se empobrecida e sem as devidas condições de trabalho, desviando a instituição de seu verdadeiro papel de defesa das prerrogativas e interesses dos advogados. Com uma proposta de transparência e fiscalização na gestão dos recursos da Ordem, a advogada reforçou seu compromisso com os advogados independentes e sua luta por uma advocacia autônoma e qualificada.
Dentre suas propostas concretas, Lavínia destacou a criação de um Programa de Fiscalização de Condições de Trabalho e de Piso Salarial Ético, visando garantir o cumprimento do piso da advocacia e combater o assédio moral nos escritórios. Além disso, a candidata propôs a implementação de um modelo de Escritório de Práticas Jurídicas para auxiliar jovens advogados na aquisição de experiência prática, contribuindo para a formação de uma advocacia qualificada e independente.
Durante a entrevista, Lavínia também fez duras críticas à gestão do atual presidente, Vagner Paes, apontando promessas não cumpridas e a falta de transparência na administração dos recursos arrecadados pela OAB nos últimos anos. A advogada enfatizou a necessidade de uma alternância de poder na entidade, visando a retomada da independência e da proatividade na defesa das prerrogativas da classe dos advogados, sem amarras ou interesses político-partidários.
No encerramento da entrevista, Lavínia destacou sua trajetória profissional e acadêmica, ressaltando a importância da representatividade feminina em sua chapa, que conta com Gabriela Holanda como candidata à vice-presidência. A advogada reforçou seu comprometimento com valores éticos e democráticos, prometendo uma gestão focada na capacitação e valorização dos profissionais da área jurídica.
Com as eleições se aproximando, a entrevista de Lavínia Cavalcanti reforçou sua postura como uma candidata comprometida em devolver a OAB para a advocacia alagoana, afastando-se de interesses particulares e políticos, em busca de um órgão mais representativo e atuante em defesa da classe dos advogados.
