De acordo com Júlia, a UPA onde o homem está internado já havia solicitado a regulação necessária para o encaminhamento a um hospital de maior complexidade, porém, a demora na resposta tem colocado a vida do paciente em risco. As UPAs, como a advogada salientou, não foram projetadas para internações prolongadas, atuando apenas como locais de estabilização antes de um tratamento mais intensivo em hospitais.
Durante seu desabafo, ela não poupou críticas à Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau), apontando que a falta de agilidade na regulação é um reflexo da má gestão da saúde no estado. Em sua fala, a advogada destacou uma inquietante realidade: em casos de falecimento, a responsabilidade frequentemente é atribuída às UPAs, enquanto, segundo ela, a verdadeira culpada pela ineficiência no atendimento é a própria Secretaria.
Júlia não hesitou em responsabilizar diretamente o governador, exigindo maiores investimentos e uma gestão mais eficiente no setor de saúde pública. Além disso, ela mencionou a inadequação do sistema em períodos de ponto facultativo e questionou as instâncias responsáveis pela vida dos pacientes que ainda aguardam um atendimento médico digno e eficaz.
A situação exposta por Júlia Nunes não é um caso isolado, mas um reflexo de um sistema que clama por reformas urgentes. Com a saúde pública em xeque, a sociedade se vê cada vez mais desafiada a reivindicar melhorias, enquanto aqueles que estão doentes enfrentam um cenário de incerteza e descaso. A denúncia da advogada traz à tona a preocupação de muitos cidadãos que, como ela, desejam ver um sistema que priorize as necessidades da população acima de qualquer outra consideração.







