Em uma entrevista onde demonstrou bastante emoção, a advogada revelou que soube da expedição de um alvará de soltura momentos antes de se entregar às autoridades. “Consegui uma ocupação no presídio como monitora na biblioteca, mas fiquei sabendo do alvará justo antes de começar. Tenho residência em Maceió e sempre compareci às intimações, mas me tratam como foragida”, disse, expressando sua indignação com a forma como está sendo tratada pela justiça.
Janadaris está passando por um momento particularmente difícil em sua vida pessoal. Ela revelou que se sente perseguida, citando o estado de saúde debilitado de sua mãe, que está internada, e lamentando o fato de não poder acompanhá-la em sua recuperação. Além disso, seus filhos buscaram asilo nos Estados Unidos após os acontecimentos, e atualmente, a advogada conta apenas com a companhia do marido, Sérgio Sfredo.
A decisão de sua apresentação à polícia foi motivada pela determinação do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), que na última terça-feira revogou a liminar que concedia a ela a liberdade provisória, determinando a execução imediata da pena. Essa decisão foi assinada pelo desembargador Tutmés Airan, relator do caso na Câmara Criminal.
A defesa de Janadaris, representada pelo advogado Anderson Taveiros, argumenta que não há justificativas para a prisão preventiva e protocolou um pedido de prisão domiciliar, mencionando problemas de saúde e o fato de a ré ser uma policial penal aposentada. O advogado também anunciou que pretende recorrer da decisão para tentar reverter a condenação, buscando assim uma alternativa que permita a ela viver em um ambiente familiar e menos severo diante de sua situação.