O garoto, frustrado com a proibição dos pais em relação ao seu relacionamento com uma namorada de 15 anos, residente em Mato Grosso, já havia arquitetado um plano para fugir. Ele pretendia usar uma quantia de aproximadamente R$ 33 mil, proveniente do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) do pai, para financiar sua viagem. Ademais, revelou-se que ele buscava formas de falsificar um documento que o permitiria viajar sem a autorização da família, e chegou a pesquisar como requisitar o FGTS em casos de falecimento, indicando um planejamento que vai além do ato impensável que cometeu.
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro revelou que o menino foi apreendido na quarta-feira (25/6), após confessar ter disparado contra os familiares enquanto eles dormiam, uma situação que se deu logo após um desentendimento relacionado ao encontro que ele desejava realizar. De acordo com as investigações, após cometer o crime, o adolescente tentou ocultar as evidências, escondendo os corpos na cisterna da residência.
As autoridades estão investigando não apenas as motivações familiares, mas também se a namorada virtual desempenhou um papel no desencadeamento dessa tragédia. Carlos Augusto Guimarães, delegado da 143ª DP, comentou sobre as diversas possibilidades que cercam o caso, enfatizando que a pressão familiar e o anseio financeiro podem ter influenciado a decisão drástica do jovem.
O caso já levantou questões sobre a responsabilidade de influências externas e como o mundo digital pode impactar a vida de adolescentes, revelando um panorama preocupante sobre saúde mental e relações familiares. As investigações seguem em andamento, enquanto a comunidade e o sistema de justiça buscam entender essa complexa e triste circunstância.