Maria Vitória desapareceu na noite de 18 de maio, quando saiu de casa para comprar açaí. Registros de câmeras de segurança mostram que a jovem estava acompanhada do suspeito por volta das 20h, após ele ter sido flagrado caminhando sozinho na rua por volta das 19h41. O desfecho trágico dessa história se deu em uma área de mata, onde, conforme a confissão do adolescente, ele a levou antes de cometer o crime hediondo, que incluiu não apenas o assassinato, mas também um ato de violência sexual.
A delegada Rosimeire Vieira, responsável pela investigação, relatou que, apesar de terem estudado na mesma escola, a relação entre o suspeito e Maria Vitória não era próxima. A rivalidade entre o adolescente e o namorado da vítima parecia ser o estopim para o ato violento. A delegada comentou sobre a crescente troca de ameaças entre os dois jovens, culminando em um ato que chocaria toda a comunidade local.
O corpo de Maria Vitória foi descoberto dois dias após o crime, despojado de roupas em um terreno baldio próximo à sua casa. Essa circunstância, somada à confissão do suspeito – que também teria envolvimento com o tráfico de drogas e outros crimes –, gerou desafios para a polícia na sua busca por evidências e na localização do jovem antes de sua apreensão.
A investigação concluiu que não havia outras pessoas envolvidas no crime, com a delegada afirmando que o depoimento do adolescente estava consistente com as evidências coletadas. O jovem foi transferido para uma unidade de internação, enquanto a polícia aguarda os laudos periciais para finalizar o inquérito. Em seguida, o caso será encaminhado à Vara da Infância e Juventude, dando continuidade a um processo que reflete a gravidade e complexidade das relações sociais e da violência juvenil em nossa sociedade.