O júri popular de Arnóbio Henrique Cavalcante Melo, acusado pelo feminicídio da ex-companheira Joana de Oliveira Mendes, foi adiado pela Justiça. O julgamento estava marcado para acontecer nos dias 18 e 19 de Dezembro, no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, mas foi remarcado para Fevereiro de 2024.
No entanto, a situação do réu ganhou um novo capítulo após ele ser preso nessa quinta-feira (14) por suspeita de fraudar um laudo médico. A Polícia Civil confirmou a prisão, que foi realizada após Arnóbio se apresentar ao delegado Gustavo Pires, na Delegacia de Atalaia.
Além disso, o juiz Yulli Roter, da 7ª Vara Criminal de Maceió, decretou mais uma vez a prisão preventiva do réu, após o relaxamento da prisão concedido em maio deste ano devido ao excesso de prazo. O motivo foi devido aos indícios de fraude processual e risco de fuga.
Em nota, a advogada e irmã de Joana Mendes, Júlia Mendes, ressaltou a tentativa de Arnóbio de requerer a instauração de um incidente de insanidade mental para atenuar ou evitar a pena. Ela também destacou a necessidade de conformidade com a resolução do Conselho Nacional de Justiça, que determina que laudos desse tipo sejam produzidos de forma presencial por profissionais de saúde.
O advogado de defesa, Lucas Albuquerque, explicou que o adiamento do julgamento não está diretamente ligado à prisão, mas sim a requerimentos feitos pela defesa do réu relacionados a outros pedidos de diligências. O Tribunal de Justiça confirmou que o adiamento se deve à necessidade de realizar certas diligências, como a liberação de acesso a documentos sigilosos e exames de identificação e comparação datiloscópica para identificar digitais na arma do crime.
O novo julgamento está marcado para 1º de Fevereiro de 2024, às 8h, no Fórum do Barro Duro. A data obedece ao recesso forense e férias dos advogados, conforme previsto pela legislação.