A iniciativa é liderada principalmente pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). No entanto, tanto o Itamaraty quanto o Ministério do Meio Ambiente demonstram reservas em apoiar a decisão. De acordo com informações do portal Poder360, a avaliação da diplomacia brasileira é de que ingressar este ano, especialmente durante a realização da COP30, evento global de política ambiental sediado pelo Brasil, poderia prejudicar a reputação nacional.
A adesão ao grupo de países ligados à OPEP teria como objetivo possibilitar a participação do Brasil nas reuniões do grupo. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defende que ao fazer parte desse grupo, o Brasil teria maior influência para pressionar por políticas de transição energética, como a produção de biocombustíveis, um setor em que o país é um dos líderes mundiais.
Além disso, outro embate ocorre dentro do governo em relação à exploração da Margem Equatorial. Enquanto o Ministério das Relações Exteriores e a pasta liderada por Marina Silva são contrários à liberação de pesquisas na foz do Amazonas, o Ministério de Minas e Energia busca avançar com o projeto.
O presidente Lula tem se posicionado de forma mais incisiva nesse tema, chegando a criticar a atuação do Ibama, alegando que o órgão está atuando contra o governo ao negar autorização para pesquisas de viabilidade econômica na região. Com essas divergências internas, a entrada do Brasil na OPEP+ pode ser adiada, refletindo a complexidade das questões relacionadas à energia e ao meio ambiente no país.
