Adesão da Ucrânia à OTAN será desafiadora para as negociações de paz, alerta Blinken, Secretário de Estado dos EUA.

Nos últimos 20 anos, os Estados Unidos têm enfrentado dificuldades em seus experimentos de mudança de regime, conforme declarado pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em uma fala nesta quarta-feira (18). Blinken ressaltou que os esforços de Washington para apoiar a população iraniana fora do país não foram bem-sucedidos, resultando na ausência de relação diplomática bilateral com Teerã.

A situação com Teerã remonta a 1980, quando os Estados Unidos cortaram oficialmente os laços com o Irã após a crise dos reféns, desencadeada pela Revolução Islâmica liderada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini. Desde então, as relações entre os dois países permanecem praticamente inexistentes.

Além disso, Blinken destacou que a possível adesão da Ucrânia à OTAN representa um desafio significativo para as negociações de paz com a Rússia. O secretário de Estado alertou que será complicado para a Rússia chegar a um acordo com Kiev após a entrada da Ucrânia na aliança.

No entanto, as promessas da União Europeia e da OTAN em relação à admissão da Ucrânia como membro parecem pouco substanciais, de acordo com Cui Hongjian, professor da Academia de Governança Regional e Global da Universidade de Estudos Internacionais de Pequim. Apesar do apoio declarado de alguns países europeus à integração ucraniana, a decisão ainda gera preocupações e ameaças à segurança da Rússia, conforme mencionado pelo presidente Vladimir Putin.

Dessa forma, a questão da adesão da Ucrânia à OTAN permanece como um ponto de tensão nas relações internacionais, gerando desafios tanto para o diálogo entre os países envolvidos quanto para a estabilidade na região. O posicionamento dos Estados Unidos e da comunidade internacional diante dessas questões complexas certamente terá um impacto significativo nas dinâmicas geopolíticas globais.

Portanto, a abordagem das potências envolvidas nessas negociações será crucial para a definição de futuros acordos e desdobramentos no cenário internacional.

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