Durante o júri, o Ministério Público do Estado de Alagoas solicita a condenação de José Joabil da Silva por homicídio duplamente qualificado, já que o crime foi cometido de forma cruel e por questões de gênero. O promotor Antônio Vilas Boas, da 47ª Promotoria de Justiça (Tribunal do Júri), apresentou o laudo cadavérico que indicou que a vítima morreu por asfixia por esganadura, contradizendo a versão do réu, que afirmou ter levado a ex-companheira a uma Unidade de Pronto Atendimento por causa de um mal súbito devido ao consumo excessivo de álcool.
Durante sua argumentação, Vilas Boas destacou que os vizinhos do casal ouviram gritos de socorro na madrugada do crime e que havia relatos de que José Joabil da Silva agredia fisicamente a vítima. O promotor declarou que “a justiça foi feita hoje. O réu vai pagar pelo feminicídio praticado, tendo que cumprir a pena com restrição de sua liberdade”.
O caso chocou a população de Maceió, uma vez que Rafaela Emídio de Souza deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento sob a justificativa de mal-estar por excesso de álcool, mas o laudo cadavérico apontou que a verdadeira causa da morte foi asfixia por esganadura, resultado de agressões físicas sofridas na casa do casal. A prisão de José Joabil da Silva foi realizada no bairro da Levada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, em cumprimento a mandado de prisão preventiva e as investigações foram conduzidas pela delegada Rosimeire Vieira.
