Após 12 horas de julgamento, onde a acusação de homicídio qualificado era o principal tema, o júri concluiu que o cabo da PM efetivamente disparou o tiro de fuzil que atingiu a menina, porém, não teve a intenção de matá-la. No momento do disparo, Ágatha estava dentro de uma Kombi, acompanhada de sua mãe, Vanessa Francisco Sales, quando foi atingida nas costas pelos estilhaços provocados pela bala.
O juiz Cariel Patriota foi o responsável por presidir o julgamento, que contou com a participação de dez testemunhas, sendo cinco indicadas pela defesa do policial e as outras pelo Ministério Público. Entre as testemunhas de acusação estavam a mãe da menina e o motorista da Kombi. Peritos também foram ouvidos durante a análise do caso.
O corpo de jurados, composto por cinco homens e duas mulheres, foi selecionado pouco antes do início do júri, e após a análise de todas as evidências, chegaram à conclusão de que o policial não teve a intenção de matar Ágatha. O caso gerou grande comoção na sociedade e levantou debates sobre a atuação policial em comunidades vulneráveis.
Embora o cabo Rodrigo José tenha sido absolvido pela justiça, a morte de Ágatha ficará marcada na memória de todos como um triste exemplo da violência que assola as áreas periféricas das cidades brasileiras.