Durante as intensas 10 horas de júri, quatro testemunhas de acusação foram ouvidas, enquanto a defesa do réu arrolou a mãe e a atual companheira. O Ministério Público de Alagoas (MP/AL), através do promotor de Justiça Antônio Villas Boas, destacou que o crime foi triplamente qualificado por razão torpe, falta de defesa para a vítima e pelo odioso feminicídio.
A investigação revelou que Elizabete havia solicitado uma medida protetiva contra o ex-marido devido a episódios de violência doméstica, mas infelizmente a decisão judicial foi concedida somente após o crime. Segundo o inquérito policial, a vítima foi abordada enquanto caminhava pela rua e, após uma luta desigual, foi cruelmente assassinada pelo acusado, que não aceitava o término do relacionamento e exigia dinheiro para se separar.
O promotor de Justiça Antônio Villas Boas enfatizou a frieza e perversidade do réu, ressaltando que o crime foi cometido de forma calculada e cruel. Por outro lado, a defesa argumentou que houve um risco psicológico que influenciou nas ações do acusado, tentando amenizar a gravidade do ocorrido.
Após a condenação, o MP/AL entrará com embargos declaratórios na tentativa de revisar a dosimetria da pena. Apesar da convicção do conselho de sentença, o entendimento da acusação é que a sentença precisa ser revista. O caso repercutiu na sociedade alagoana, levantando debates sobre violência doméstica e a importância de medidas protetivas eficazes.