O processo de exumação administrativa no cemitério Divina Pastora desempenhou um papel crucial neste avanço. Historicamente utilizado para sepultar corpos incógnitos, o cemitério, agora reorganizado, abriu espaço para receber novos cadáveres. Ao todo, foram exumados 185 corpos, dos quais 103 foram destinados a sepultamentos pelo IML, liberando espaço e possibilitando a inumação de 54 corpos nessa iniciativa conjunta com a prefeitura.
Além disso, outra abordagem fundamental foi firmada por intermédio da Defensoria Pública de Alagoas. O defensor público Lucas Monteiro Valença, do Núcleo de Proteção Coletiva, engajou mais de 20 prefeituras em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Essa parceria viabilizou a criação de 32 vagas em diferentes municípios do interior, solucionando o impasse para muitos corpos que aguardavam sepultamento. União dos Palmares, Japaratinga, Satuba, Porto Calvo, Pilar, Rio Largo e Marechal Deodoro foram algumas das cidades que receberam os corpos.
Apesar dos progressos, o IML ainda lida com cerca de 60 corpos, que permanecem sem identificação ou reclamação. A espera por resultados de exames de DNA e decisões judiciais retarda o processo de liberação desses cadáveres. A superlotação não apenas representa um desafio operacional, mas também um risco à saúde dos profissionais, visto que pressiona os sistemas de refrigeração do instituto. Portanto, a continuidade das iniciativas para a adequação do fluxo de corpos no IML é essencial para garantir condições dignas e seguras, tanto para os falecidos quanto para os trabalhadores envolvidos.