Acordo histórico: Israel, Hamas, EUA e Catar firmam cessar-fogo e libertação de reféns após 15 meses de conflitos devastadores na Faixa de Gaza.

Na atualização mais recente do cenário do Oriente Médio, o escritório do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que um acordo de cessar-fogo foi formalizado entre Israel, Hamas, Estados Unidos e Catar. A confirmação foi divulgada na última quarta-feira, 15 de janeiro de 2025, após longas negociações mediadas por representantes do Catar, Egito e EUA, que visam colocar fim a um conflito que se arrasta por 15 meses e que resultou em cerca de 46 mil mortes de palestinos.

O tratado prevê um cessar-fogo de 42 dias e, como uma de suas condições, a libertação de 33 reféns israelenses em troca da soltura de aproximadamente mil prisioneiros palestinos. Além disso, as forças israelenses devem recuar para as fronteiras da Faixa de Gaza, embora a sua presença militar permaneça na região nesse interim. Um dos pontos mais significativos do acordo é o aumento imediato do fluxo de ajuda humanitária, com a entrada de 600 caminhões por dia na faixa, incluindo 50 veículos para transporte de combustível. Nesse contexto, serão fornecidas 200 mil tendas e 60 mil casas móveis aos palestinos, uma tentativa de mitigar a gravidade da crise habitacional.

O processo de implementação do cessar-fogo contará com a supervisão do Catar, Egito e Estados Unidos, que criarão um centro de coordenação em Cairo para garantir o cumprimento das condições acordadas. Após o 16º dia do cessar-fogo, terão início as negociações sobre uma potencial segunda fase, que pode incluir a liberação de outros reféns e a definição de um cessar-fogo permanente.

As discussões ainda contemplam uma terceira fase, que se concentra na reconstrução da Faixa de Gaza e na retirada do bloqueio que tem afetado severamente a região. Este é o segundo acordo de cessar-fogo alcançado durante o atual conflito; o primeiro, estabelecido em novembro de 2023, teve uma duração muito curta, de apenas seis dias.

A esfera internacional observa atentamente os desdobramentos desse acordo, que pode ser um passo significativo em direção à estabilidade na região, embora muitos questionem sua implementação e eficácia a longo prazo, dada a complexidade do conflito e suas raízes históricas.

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