O tratado prevê um cessar-fogo de 42 dias e, como uma de suas condições, a libertação de 33 reféns israelenses em troca da soltura de aproximadamente mil prisioneiros palestinos. Além disso, as forças israelenses devem recuar para as fronteiras da Faixa de Gaza, embora a sua presença militar permaneça na região nesse interim. Um dos pontos mais significativos do acordo é o aumento imediato do fluxo de ajuda humanitária, com a entrada de 600 caminhões por dia na faixa, incluindo 50 veículos para transporte de combustível. Nesse contexto, serão fornecidas 200 mil tendas e 60 mil casas móveis aos palestinos, uma tentativa de mitigar a gravidade da crise habitacional.
O processo de implementação do cessar-fogo contará com a supervisão do Catar, Egito e Estados Unidos, que criarão um centro de coordenação em Cairo para garantir o cumprimento das condições acordadas. Após o 16º dia do cessar-fogo, terão início as negociações sobre uma potencial segunda fase, que pode incluir a liberação de outros reféns e a definição de um cessar-fogo permanente.
As discussões ainda contemplam uma terceira fase, que se concentra na reconstrução da Faixa de Gaza e na retirada do bloqueio que tem afetado severamente a região. Este é o segundo acordo de cessar-fogo alcançado durante o atual conflito; o primeiro, estabelecido em novembro de 2023, teve uma duração muito curta, de apenas seis dias.
A esfera internacional observa atentamente os desdobramentos desse acordo, que pode ser um passo significativo em direção à estabilidade na região, embora muitos questionem sua implementação e eficácia a longo prazo, dada a complexidade do conflito e suas raízes históricas.