O orçamento, que foi aprovado pelo Senado, agora segue para a Câmara dos Deputados, onde o Partido Republicano detém a maioria das cadeiras. A expectativa é que a proposta seja analisada e votada nos próximos dias, o que pode pôr fim à paralisação que se tornou a mais longa da história recente da Casa Branca.
Caso tanto o Senado quanto a Câmara aprovem o texto, ele será enviado ao presidente Donald Trump, que terá a responsabilidade de sancioná-lo. Em uma declaração proferida no dia 9 de novembro, Trump sinalizou otimismo ao afirmar que “parece que estamos muito perto do fim da paralisação”, refletindo a urgência pelo retorno à normalidade.
O acordo celebrado entre os senadores abrange a restauração de serviços essenciais, que incluem a assistência alimentar federal e a regularização dos salários de centenas de milhares de funcionários públicos que ficaram sem receber durante a crise. Além disso, o financiamento também se destina à normalização do tráfego aéreo, que foi gravemente afetado, resultando em uma onda de cancelamentos e atrasos de voos.
Entretanto, a dinâmica política em torno da paralisação expõe um acirrado confronto ideológico. Trump atribui a responsabilidade pelo impasse aos democratas e pressiona pela eliminação dos subsídios atrelados ao programa de saúde conhecido como Obamacare. Por outro lado, os democratas defendem a preservação desses benefícios, criando uma situação tensa no Congresso. As negociações em curso, portanto, não são apenas sobre o financiamento do governo, mas também refletem um amplo debate sobre a política de saúde e os direitos sociais nos Estados Unidos.
