Acordo diplomático entre EUA e Irã sob Trump é cogitado por especialistas, apesar da tensão histórica entre os países.

A possibilidade de um acordo diplomático entre os Estados Unidos e o Irã no segundo mandato de Donald Trump, previsto para iniciar em janeiro de 2025, não pode ser descartada, apesar das intensas tensões que têm marcado a relação entre os dois países. Durante uma recente declaração, Brian Hook, ex-representante especial dos EUA para o Irã, sublinhou que Trump considera o Irã como uma das principais fontes de instabilidade no Oriente Médio. Segundo Hook, a atual crise na região é em grande parte atribuída ao que ele classifica como falha da administração Biden em lidar com as ações e influência do Irã e de seus aliados.

No entanto, Hook destacou que, embora a postura de Trump em relação ao Irã seja crítica, não há um interesse em mudar o regime iraniano. Em vez disso, ele planeja intensificar a pressão econômica, aumentando as sanções e dificultando as vendas de petróleo do país. Este endurecimento nas sanções parece ser um dos pilares da estratégia de Trump, que pretende agir rapidamente para afetar as finanças do Irã, especialmente as relacionadas ao seu setor de petróleo.

Enquanto isso, as autoridades iranianas estão buscando alternativas para contornar as restrições impostas pelos EUA. Um diplomata não identificado revelou que o Irã tem ampliado suas parcerias comerciais através da Organização de Cooperação de Xangai e outras alianças, desafiando, assim, as sanções americanas.

A vitória de Trump nas eleições presidenciais de 5 de novembro de 2024 marca um retorno inédito à Casa Branca para um político que ocupou o cargo e depois ficou fora por um ciclo eleitoral. Recentemente, Kamala Harris, candidata democrata, reconheceu a derrota e o atual presidente Biden parabenizou Trump pela vitória. As próximas etapas incluem a votação do Colégio Eleitoral em 17 de dezembro e a posse oficial, programada para 20 de janeiro de 2025.

À medida que o cenário internacional evolui, muitos observadores se perguntam quais poderão ser os desdobramentos dessa nova fase nas relações entre EUA e Irã, especialmente sob um governo Trump renovado, que promete um alinhamento estratégico diferente em questões de segurança e política externa.

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