A atuação de Pedrinho Gaia tem sido marcada por neutralidade nos últimos meses, ao contrário de outros vereadores que adotaram uma postura combativa contra a administração atual. Estes mesmos vereadores, ao conseguirem um espaço no governo, mudaram rapidamente de posição, justificando suas ações com discursos de responsabilidade e acusando adversários de praticarem a “política do caos”.
A nomeação de Renata Gaia reforça a percepção de que a prefeita está distribuindo cargos estratégicos para consolidar sua base na Câmara, assegurando apoio em votações importantes. A recente aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi um exemplo claro dessa estratégia política, abrindo caminho para a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA).
Nos bastidores, a nomeação da esposa do vereador era esperada devido à proximidade de Pedrinho Gaia com a atual gestão. Sua postura de evitar confrontos diretos com a prefeita contribuiu para essa movimentação política.
É evidente a mudança de comportamento de alguns vereadores que antes criticavam veementemente a administração municipal, mas que agora, diante da possibilidade de obterem cargos, optam pelo silêncio ou por discursos mais brandos. A hipocrisia nesse cenário político é clara, com aqueles que apontavam erros agora se calando em troca de benefícios na máquina pública.
A estratégia da prefeita em utilizar a distribuição de cargos como ferramenta de articulação política levanta questionamentos sobre até onde isso pode chegar e qual será o custo dessa governabilidade para a cidade. Enquanto isso, a população de Palmeira dos Índios observa, já habituada a ver que, na política local, a independência política dura apenas até a primeira nomeação.