O estudo foi conduzido pelo Instituto para Novas Respostas Sociais (INSA), que entrevistou 1.002 cidadãos. Os resultados indicam que essa nova tarifa suscita um sentimento de insegurança econômica, refletindo um grande ceticismo em relação à capacidade do governo de mitigar impactos negativos provenientes de acordos bilaterais com Washington. Além disso, a pesquisa destacou um descontentamento generalizado com a liderança da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Cerca de 51% dos entrevistados expressaram desaprovação em relação ao seu desempenho, contrastando com apenas 31% que a apoiam.
O acordo em questão, firmado no dia 27 de julho entre von der Leyen e o presidente americano Donald Trump, não apenas introduz essa nova tarifa, mas também mantém intactas as tarifas americanas sobre aço e alumínio, que chegam a 50%. Embora a possibilidade de renegociação dessas tarifas tenha sido mencionada como uma alternativa futura, o sentimento predominante entre os alemães é de que as condições atuais podem ser bastante prejudiciais.
Outro ponto considerado desfavorável foi o compromisso da União Europeia em adquirir produtos energéticos dos EUA no valor de US$ 750 bilhões, um movimento criticado por especialistas que o consideram unilateral e desfavorável para os interesses europeus. Com esses elementos em jogo, a preocupação com a saúde econômica da Alemanha e de seus aliados dentro da UE se torna evidente, levando muitos a questionar a eficácia e a segurança desse tipo de acordo comercial.
Essa situação ressalta a complexidade das relações comerciais internacionais e a necessidade de uma abordagem mais equilibrada para garantir a proteção das economias locais frente a decisões que podem ter um impacto duradouro. O clima de incerteza gera espaço para debates acalorados na sociedade alemã, que aguarda ansiosamente os desdobramentos dessa nova era de tarifas e acordos comerciais.