Aborto vira tema decisivo no primeiro debate presidencial entre Trump e Harris, levantando discussões sobre direitos reprodutivos nos EUA.

O tema do aborto foi um dos pontos centrais do primeiro debate presidencial entre Donald Trump e Kamala Harris, ambos concorrentes à presidência dos Estados Unidos. Durante o embate, Trump defendeu a decisão da Suprema Corte do país que delegou aos estados o poder de decisão sobre a questão do aborto, enfatizando o direito das pessoas locais em decidirem sobre o tema.

Por outro lado, Kamala Harris criticou fortemente a postura de Trump, afirmando que, se eleito, o republicano assinaria uma lei que baniria o direito ao aborto para todas as mulheres e em qualquer situação. A democrata também trouxe à discussão casos de mulheres estupradas e em gravidez de risco que não possuem o direito ao aborto em determinados estados, destacando a falta de empatia e proteção às mulheres nesses casos.

Durante a troca de acusações, Trump negou veementemente a afirmação de Harris, ressaltando que a decisão da Suprema Corte foi apoiada por republicanos e democratas, e que não assinaria uma lei que proibisse o aborto, classificando as declarações de Kamala como mentirosas.

O tema do aborto nos Estados Unidos tem sido motivo de intensos debates e conflitos, especialmente após a decisão da Suprema Corte em 2022, que devolveu aos estados a autonomia sobre a questão. Isso gerou protestos de ambos os lados, com manifestantes anti-aborto tentando impedir mulheres de acessarem clínicas e feministas lutando pelo direito à liberdade reprodutiva.

O Partido Democrata defende a federalização da autorização para o aborto, alegando que é uma decisão individual de cada mulher, enquanto o Partido Republicano apoia a decisão de 2022, argumentando que cabe a cada estado legislar sobre o tema. Essa divergência tem gerado um ambiente de polarização e conflito no país em relação ao direito ao aborto.

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