Por outro lado, Kamala Harris criticou fortemente a postura de Trump, afirmando que, se eleito, o republicano assinaria uma lei que baniria o direito ao aborto para todas as mulheres e em qualquer situação. A democrata também trouxe à discussão casos de mulheres estupradas e em gravidez de risco que não possuem o direito ao aborto em determinados estados, destacando a falta de empatia e proteção às mulheres nesses casos.
Durante a troca de acusações, Trump negou veementemente a afirmação de Harris, ressaltando que a decisão da Suprema Corte foi apoiada por republicanos e democratas, e que não assinaria uma lei que proibisse o aborto, classificando as declarações de Kamala como mentirosas.
O tema do aborto nos Estados Unidos tem sido motivo de intensos debates e conflitos, especialmente após a decisão da Suprema Corte em 2022, que devolveu aos estados a autonomia sobre a questão. Isso gerou protestos de ambos os lados, com manifestantes anti-aborto tentando impedir mulheres de acessarem clínicas e feministas lutando pelo direito à liberdade reprodutiva.
O Partido Democrata defende a federalização da autorização para o aborto, alegando que é uma decisão individual de cada mulher, enquanto o Partido Republicano apoia a decisão de 2022, argumentando que cabe a cada estado legislar sobre o tema. Essa divergência tem gerado um ambiente de polarização e conflito no país em relação ao direito ao aborto.