As informações surgiram a partir de depoimentos de pessoas ligadas à operação que foram ouvidas pela Polícia Federal do Brasil. Supostamente, a ação ocorreu meses antes de um novo acordo tarifário ser firmado em maio de 2024, que interessava diretamente ao Brasil e ao Paraguai. A Polícia Federal agora investigará a legalidade deste ato, levantando questões sobre a ética e a legalidade das ações de uma agência de inteligência em um contexto diplomático delicado.
Em resposta às acusações, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou uma nota afirmando que a operação em questão tinha sido autorizada pelo governo paraguaio em junho de 2022 e que foi então cancelada em março de 2023, assim que a nova gestão da Abin tomou conhecimento. O comunicado ainda esclareceu que o diretor-geral da Abin estava em processo de aprovação no Senado Federal na época, não assumindo formalmente o cargo até 29 de maio de 2023.
O Itamaraty reiterou seu compromisso com a transparência e o respeito nas relações diplomáticas e enfatizou que as operações de inteligência devem respeitar a soberania de outras nações. Essa situação exemplifica os desafios aos quais os governos se deparam em um mundo interconectado e a complexidade das relações internacionais, especialmente entre países vizinhos. A segurança e a diplomacia devem equilibrar-se com o respeito ao direito internacional e à soberania nacional, temas que continuam a ser relevantes nas discussões sobre cooperação e rivalidade entre Brasil e Paraguai.