Abel Braga se desculpa após polêmica declaração homofóbica em coletiva de apresentação no Internacional; “cores não definem gêneros”, afirma o treinador.

Abel Braga, conhecido por sua trajetória no futebol brasileiro, foi anunciado como novo técnico do Internacional neste último domingo, 30 de novembro. O desafio que o aguarda é imenso, já que a equipe se encontra em uma situação delicada, lutando contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Entretanto, sua apresentação ficou marcada por uma controvérsia que rapidamente ganhou destaque nas redes sociais.

Durante sua coletiva de imprensa, o treinador fez uma declaração considerada homofóbica, ao brincar sobre os uniformes da equipe. Ele mencionou especificamente a cor rosa, que usado em um dos treinos, gerou desconforto. “Eu falei ‘não quero a po*** do meu time treinando de camisa rosa, parece time de viado’”, confessou durante a apresentação. A fala não apenas provocou estranhamento, mas também gerou uma onda de críticas e indignação entre torcedores e a comunidade LGBTQIA+.

Diante da repercussão negativa, Abel sentiu a necessidade de se retratar e publicou um pedido de desculpas pelas plataformas digitais. Em sua declaração, o treinador ressaltou que “cores não definem gêneros” e que o que realmente importa é o caráter das pessoas. Ele implorou aos torcedores por compreensão, enfatizando a importância de paz e comprometimento no clube nesse momento difícil.

O Internacional, por sua vez, ainda não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido, o que tem sido esperado pela torcida e pela mídia. A situação se torna ainda mais complicada ao lembrar que o ex-treinador Ramón Díaz também teve sua cota de polêmicas, fazendo uma declaração machista após um empate contra o Bahia na 33ª rodada do torneio.

À medida que a regra da responsabilidade se torna cada vez mais evidente no mundo do esporte, a expectativa recai sobre Abel Braga e sua capacidade de não apenas conduzir o time nas quatro linhas, mas também de manter um ambiente respeitoso e inclusivo dentro e fora do campo. Cada palavra de um treinador carrega peso, especialmente quando discutimos temas sensíveis como gênero e identidade. Esta situação, sem dúvida, acende um alerta sobre as declarações que podem ser ofensivas, colocando em foco a necessidade de uma mudança cultural também nas redações esportivas.

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