A volta de Trump à presidência dos EUA pode favorecer a Rússia no conflito ucraniano, segundo analistas sobre os impactos geopolíticos de sua eleição.



A possível volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2025 acende discussões sobre as implicações que essa mudança pode ter no cenário internacional. Especialistas em relações internacionais avaliam que a reeleição de Trump pode marcar um retorno a uma política externa com foco no isolacionismo, priorizando os interesses americanos em detrimento de compromissos multilaterais. O lema “America First” deve ser novamente um balizador das decisões, com uma ênfase ainda maior na proteção dos interesses domésticos e na possível retirada de acordos internacionais significativos, como o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas.

Os analistas destacam que a abordagem de Trump ao lidar com a presença militar americana e sua interferência em conflitos globais será um fator crucial. Duas perspectivas se sobressaem: uma que defende uma postura mais contida, com uma diminuição do envolvimento em crises externas, e outra que sugere uma postura intervencionista, mais alinhada com a estratégia militar tradicional dos EUA.

O impacto no Sul Global também é motivo de preocupação. A diminuição da influência dos EUA nas organizações multilaterais poderia agravar a situação daqueles países que dependem destes acordos. No entanto, essa ausência pode abrir espaço para potenciais novas lideranças, como China e Brasil, especialmente no cenário dos BRICS.

Um dos pontos mais críticos discutidos pelos especialistas é a relação dos Estados Unidos com a OTAN. Trump já havia criticado a aliança durante seu primeiro mandato, forçando os aliados europeus a aumentarem seus gastos com defesa. Essa postura deve continuar, sugerindo um fortalecimento da responsabilidade europeia por sua própria segurança. Tal cenário pode resultar em uma marginalização da OTAN, desafiando a unidade do bloco e afetando a dinâmica de segurança na Europa.

Além disso, as implicações para o conflito na Ucrânia são alarmantes. Se Trump seguir a lógica de reduzir o apoio militar ao país, pode favorecer um acordo que beneficie a Rússia. Tais ações poderiam transformar o equilíbrio de poder na região, enfraquecendo a posição ucraniana e permitindo que a Rússia avance com seus objetivos estratégicos.

No que tange ao Oriente Médio, a aliança de Trump com Israel continua em destaque. Seu histórico de apoio a Netanyahu pode complicar ainda mais a questão palestina, uma vez que um Estado Palestino parece distante sob essa perspectiva. Especialistas preveem esforços para pressionar por um cessar-fogo em conflitos atuais, mas reconhecem que as condições para uma paz duradoura são extremamente desafiadoras.

Em suma, a possível reeleição de Donald Trump promete moldar a geopolítica global de maneiras complexas e potencialmente contenciosas, afetando não apenas as relações dos EUA, mas também a dinâmica nos cenários militar e diplomático em todo o mundo.

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