De acordo com os planos da Uliving, esse movimento marca o início de um segundo ciclo de investimentos no setor de residências estudantis, que ainda está em um estágio inicial de desenvolvimento no país. A empresa é uma das pioneiras nesse mercado, realizando um investimento inicial de cerca de R$ 700 milhões em um portfólio de 3,2 mil camas para alugar a estudantes em seis cidades brasileiras.
Recentemente, a maior empresa do mundo no segmento, a Greystar, assumiu a operação da Share no Brasil. A Uliving está contente com os empreendimentos em operação, com uma boa taxa de ocupação e resultados financeiros que justificam o próximo ciclo de investimentos.
A Uliving já possui seis prédios em funcionamento e outros dois em obras, com entregas previstas para este ano, totalizando oito empreendimentos e 2,2 mil camas. Para o próximo ciclo de investimentos, a empresa tem como objetivo dobrar sua oferta, chegando a 4 mil camas, com planos de expandir para novas praças, como Belo Horizonte, Recife e Salvador, além de aumentar a presença em São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro.
A Uliving compra e reforma prédios antigos ou constrói novos edifícios próximos a faculdades, com foco em atender jovens que se mudam para cursar a graduação e ocupação está em 90% nos prédios que estão há pelo menos três anos em operação.
Além disso, a Uliving passou por uma troca de comando, com o executivo Ewerton Camarano assumindo a presidência no lugar de Juliano Antunes. Segundo Camarano, um dos maiores desafios do setor é tornar-se conhecido, já que muitos estudantes optam por alternativas como ‘repúblicas’ ou casa de parentes.
A empresa tenta preencher essa lacuna e mostrar as vantagens de uma residência universitária profissional. A modalidade de aluguel da Uliving parte de R$ 2,2 mil por mês, incluindo condomínio, internet, energia e manutenção. Os prédios são mobiliados e oferecem áreas comuns de lazer, como terraço e sala de jogos.
Segundo o sócio-fundador da VBI Real Estate, Ken Waimer, um dos desafios para o setor é tornar o produto imobiliário de qualidade acessível para além da classe A, chegando também a públicos da classe B. A empresa projeta um faturamento de R$ 42 milhões em 2024, com crescimento de 40% em relação ao ano anterior, impulsionado pela entrega de novos prédios, aumento da ocupação e reajuste do aluguel nos prédios mais antigos.