Durante esse período, a carreta itinerante percorreu dez municípios alagoanos, contemplando as dez regiões de saúde do estado. Com cinco consultórios para atendimento clínico e um laboratório para realização de exames de diagnóstico, a equipe contou com profissionais da Rede Municipal de Saúde, além de um especialista para diagnóstico de hanseníase.
A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, enfermeira Itanielly Queiroz, destacou a importância da identificação precoce dos casos, afirmando que isso impede a propagação da doença, uma vez que na fase inicial ela não é transmissível, além de reduzir as chances de desenvolvimento de incapacidades físicas. Segundo ela, o diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico, sendo necessário a realização de ações como o Roda-Hans para a busca ativa e educação em saúde.
A hanseníase é uma doença que se manifesta por meio de manchas avermelhadas na pele, falta de sensibilidade e perda de força nos membros. Ela evolui de forma lenta e pode causar danos irreversíveis, como mãos e pés em garras e perfuração de palatos e septo. Além disso, a doença afeta as mucosas e os nervos periféricos, resultando na perda de força muscular nos olhos.
O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, ressaltou a relevância da ação do Roda-Hans, que possibilitou a identificação precoce de novos casos de hanseníase, evitando sequelas nos pacientes diagnosticados. Ele agradeceu aos técnicos da Superintendência de Vigilância em Saúde da Sesau, aos gestores municipais e ao Ministério da Saúde pela parceria e empenho na realização do projeto.
Com os resultados positivos obtidos pelo Roda-Hans em Alagoas, é essencial que ações desse tipo sejam cada vez mais incentivadas e ampliadas, visando a prevenção e o tratamento adequado da hanseníase. A conscientização e a busca ativa são fundamentais para o combate e o controle dessa doença, que ainda representa um desafio para a saúde pública em todo o país.