A maioria dos brasileiros se opõe à anistia para Bolsonaro, e 50% defendem sua prisão, revela pesquisa Datafolha.

Recentemente, uma pesquisa conduzida pela Datafolha revelou um forte posicionamento da população brasileira em relação à possibilidade de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com os dados obtidos, 54% dos entrevistados se mostraram contrários à aprovação de um perdão legislativo que o isentasse de condenações relacionadas a crimes como tentativa de golpe de estado. Em contrapartida, 39% se manifestaram favoráveis a essa anistia, enquanto 4% não souberam opinar e 2% revelaram indiferença sobre o tema.

Esse levantamento foi realizado entre os dias 8 e 9 de setembro, abrangendo 2.025 eleitores de 113 cidades em todo o Brasil, e apresenta uma margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi publicada em um momento em que cresce a pressão por parte de deputados e senadores da oposição para que a questão da anistia avance no Congresso Nacional.

Os números indicam um descontentamento significativo da população em relação à anistia de condenados por atos antidemocráticos. Um total de 61% dos entrevistados se mostrou contra qualquer tipo de anistia para aqueles envolvidos em ações descritas como ataques à democracia, levando apenas 33% a se posicionarem a favor, além de 5% sem uma posição clara e 1% afirmando indiferença.

Outro dado preocupante para o ex-mandatário é que 50% dos participantes da pesquisa expressaram apoio à prisão de Bolsonaro, enquanto 43% discordaram dessa medida. Apenas 7% dos entrevistados não souberam responder a essa questão. Além disso, a pesquisa indicou que 50% dos brasileiros acreditam que o ex-presidente será efetivamente preso.

Recentemente, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Jair Bolsonaro e outros sete réus por sua participação na trama golpista, marcando um episódio inédito na história do Brasil, sendo a primeira vez que um ex-presidente é condenado por tentativa de golpe de estado. A pena aplicada foi de 27 anos e 3 meses de reclusão em regime fechado, embora sua execução dependa do trânsito em julgado do processo. Além do crime de golpe de estado, Bolsonaro foi responsabilizado por outros quatro crimes, entre eles tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito e organização criminosa armada.

Atualmente, o ex-presidente se encontra em prisão domiciliar, decisão determinada pelo Supremo, tendo em vista violação de medidas cautelares anteriores que regulavam seu uso de redes sociais. A situação de Bolsonaro e a rejeição expressiva da população em relação a uma possível anistia revelam um cenário político tenso e polarizado, refletindo a sensibilidade da sociedade brasileira em relação à defesa da democracia e da justiça.

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