A Dívida Pública teve um aumento de 2,95% em junho, chegando próximo ao valor de R$ 6,2 trilhões.



A Dívida Pública Federal (DPF) subiu em junho devido ao baixo volume de vencimento de títulos, de acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional. O valor da DPF passou de R$ 6,014 trilhões em maio para R$ 6,191 trilhões em junho, representando um aumento de 2,95%. Em maio, a DPF ultrapassou a marca de R$ 6 trilhões pela primeira vez. O Tesouro prevê que a DPF continuará aumentando nos próximos meses, de acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF) apresentado em janeiro.

A Dívida Pública Mobiliária (DPMFi) interna aumentou em 3,3%, subindo de R$ 5,767 trilhões em maio para R$ 5,957 trilhões em junho. No último mês, foram emitidos R$ 145,326 bilhões em títulos a mais do que foi resgatado, principalmente em papéis prefixados. Além disso, a dívida interna também aumentou devido à incorporação de R$ 44,93 bilhões em juros.

A apropriação de juros é feita mensalmente pelo governo, reconhecendo a correção dos juros incidentes sobre os títulos e adicionando esse valor ao estoque da dívida pública. Com a taxa Selic em 13,75% ao ano, a apropriação de juros aumenta o endividamento do governo.

No mercado externo, a queda acentuada do dólar em junho resultou em uma redução da Dívida Pública Federal externa (DPFe), que caiu 1,8%, passando de R$ 246,78 bilhões em maio para R$ 234,04 bilhões em junho. A principal causa dessa queda foi a diminuição de 5,43% do valor da moeda americana no último mês.

O colchão da dívida pública, uma reserva financeira usada em momentos de turbulência ou quando há uma alta concentração de vencimentos, diminuiu em junho após ter diminuído em maio. Essa reserva passou de R$ 1,053 trilhão em maio para R$ 983 bilhões em junho, sendo que a principal razão para isso foi a alta emissão líquida devido ao baixo volume de vencimentos em junho. Atualmente, o colchão cobre 8,52 meses de vencimentos da dívida e está previsto um vencimento de R$ 1,221 trilhão em títulos federais nos próximos 12 meses.

A composição da DPF foi alterada devido ao baixo volume de vencimentos. A proporção de papéis corrigidos pelos juros básicos diminuiu ligeiramente de 39,74% em maio para 39,52% em junho. Já a parcela de títulos prefixados aumentou, passando de 26,17% para 27,04%. A fatia de títulos corrigidos pela inflação caiu ligeiramente de 29,76% para 29,46%. A dívida pública vinculada ao câmbio representou 3,99% da DPF, abaixo dos limites estabelecidos pelo PAF para o final de 2023, entre 3% e 7%.

As instituições financeiras continuam sendo as principais detentoras da DPF interna, com participação de 29,2% no estoque. Os fundos de investimento e os fundos de pensão aparecem em seguida com participações de 24,3% e 22,7%, respectivamente. A participação de não residentes (estrangeiros) na dívida pública caiu ligeiramente de 9,6% em maio para 9,5% em junho. Em fevereiro, a fatia dos estrangeiros na dívida pública estava em 9,8%. Os demais grupos têm uma participação total de 14,4%.

Através da dívida pública, o governo toma empréstimos dos investidores para cumprir seus compromissos financeiros. Em troca, ele se compromete a devolver os recursos após alguns anos, com alguma correção que pode ser baseada na taxa Selic, na inflação, no dólar ou ser prefixada.

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