A CPMI ouviu o General Gonçalves Dias e o Coronel responsável pela PM no dia 8 de janeiro.

Na próxima semana, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro dará continuidade às suas investigações convocando importantes depoentes. Na terça-feira (29), o coronel Fábio Augusto Vieira, que comandava a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) durante os ataques às sedes dos três Poderes, prestará depoimento no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado. Já na quinta-feira (31), será a vez do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, ser ouvido no mesmo local.

O coronel Fábio Augusto Vieira foi preso em agosto, juntamente com outros seis oficiais, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República afirma que a PMDF foi omissa durante os ataques e que a cúpula da instituição deveria ter tomado medidas preventivas efetivas. Além disso, os parlamentares que propuseram seu depoimento destacam que o comando do coronel foi falho, permitindo que os manifestantes invadissem e depredassem as sedes dos Poderes.

A convocação do ex-ministro Gonçalves Dias foi objeto de aproximadamente 100 requerimentos. Ele deixou o cargo após a divulgação de vídeos nos quais aparece conversando com invasores do Palácio do Planalto. A presença do general no interior do Palácio durante a invasão, bem como a suposta adulteração dos alertas enviados a ele sobre a ameaça de ataques, são pontos que os parlamentares de oposição desejam esclarecer.

A CPMI do 8 de Janeiro foi criada para investigar os atos de ação e omissão ocorridos no dia dos ataques. Presidido pelo deputado Arthur Oliveira Maia, o colegiado é composto por deputados e senadores, num total de 32 membros. Dentre as atribuições da CPMI estão os poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, incluindo a convocação de depoentes e a quebra de sigilo bancário, telefônico e fiscal.

As investigações têm como objetivo esclarecer as responsabilidades dos envolvidos nos ataques e identificar as falhas na segurança que permitiram que tais ações ocorressem. A CPMI busca uma apuração minuciosa dos fatos, a fim de restabelecer a ordem constitucional e garantir a segurança das instituições políticas do país.

É importante ressaltar que a correta apuração dos fatos é fundamental para a preservação da democracia e para evitar que episódios como esses voltem a ocorrer. A transparência nas investigações e a responsabilização dos envolvidos são medidas necessárias para assegurar a confiança da população nas instituições e fortalecer o Estado democrático de direito.

Portanto, a expectativa da sociedade é que a CPMI do 8 de Janeiro cumpra sua função de forma eficiente e imparcial, trazendo à tona todos os elementos necessários para uma completa compreensão dos acontecimentos e uma justa responsabilização dos culpados. Acredita-se que as conclusões da comissão serão importantes para aprimorar a segurança do país e evitar que eventos semelhantes ocorram no futuro.

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