No entanto, desde o início, não houve acordo em relação à análise dos requerimentos para a quebra dos sigilos do ex-presidente Jair Bolsonaro, da ex-primeira dama Michele Bolsonaro e do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. A oposição criticou a tentativa dos governistas de quebrar os sigilos do casal Bolsonaro, alegando que isso constitui uma violação e uma ilegalidade.
O senador Marcos Rogério (PL-RO) argumentou que não há relação de causalidade entre as acusações de venda de patrimônio público por parte de ex-assessores de Bolsonaro e o âmbito da CPMI. Para ele, é um desrespeito e uma agressão a quebrar os sigilos das pessoas sem o devido processo legal.
Além dos pedidos de quebra de sigilo, também foram feitos diversos pedidos de convocação de Valdemar da Costa Neto, Bruno Zambelli (irmão de Carla Zambelli) e do general Mauro Cesar Lourena Cid (pai de Mauro Cid). A oposição, por sua vez, solicitou que a CPMI marque o depoimento do ex-diretor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias. Os parlamentares oposicionistas desejam aprofundar a investigação sobre uma possível omissão do governo federal.
Eles argumentam que o general tinha conhecimento dos riscos de uma invasão e alertou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) dois dias antes dos acontecimentos. No entanto, ele optou por permanecer em silêncio. A oposição considera isso evidência de negligência por parte do general e busca elucidar a situação.