Embora a doença grave em adultos mais velhos e em pessoas com condições médicas subjacentes seja sempre motivo de alerta, os especialistas dizem que a Eris não representa uma ameaça substancial. De acordo com Andrew Pekosz, professor de Microbiologia Molecular e Imunologia da Universidade Johns Hopkins, a subvariante não parece ser muito diferente das outras variantes que circulam atualmente há três a quatro meses. Portanto, a preocupação com a Eris é amenizada.
A própria OMS afirmou que, com base nas evidências disponíveis, o risco global para a saúde pública representado pela EG.5 é considerado baixo. Essa subvariante foi identificada pela primeira vez na China em fevereiro de 2023 e apareceu nos Estados Unidos em abril. Ela é uma descendente da Ômicron XBB.1.9.2 e possui uma mutação importante que ajuda o vírus a escapar dos anticorpos desenvolvidos pelo sistema imunológico em resposta a variantes anteriores e vacinas. Essa pode ser a razão pela qual a Eris se tornou a cepa dominante em todo o mundo e por que os casos de Covid têm aumentado.
No entanto, a Eris não parece apresentar novas habilidades em termos de contagiosidade, sintomas ou probabilidade de causar doenças graves. Testes diagnósticos e tratamentos como o Paxlovid ainda são eficazes contra essa subvariante, de acordo com Pekosz.
Enquanto isso, Eric Topol, vice-presidente executivo da Scripps Research, não está excessivamente preocupado com a Eris. No entanto, ele acredita que a nova formulação da vacina, que será lançada no outono do hemisfério Norte, proporcionará uma melhor proteção contra essa mutação. Para ele, as pessoas de alto risco são as mais preocupantes, pois as vacinas que receberam estão distantes da cepa atual do vírus.
Os especialistas estão mais apreensivos em relação a outras variantes que carregam a mesma mutação evasiva do sistema imunológico que a Eris, além de uma mutação que torna o vírus mais transmissível. Essas variantes, chamadas de variantes FLip, podem desencadear um aumento maior nas infecções nos próximos meses. No entanto, é improvável que essas novas variantes causem um aumento semelhante ao que ocorreu no inverno de 2022 com a Ômicron original.
Em resumo, embora a subvariante EG.5 do coronavírus seja motivo de preocupação, os especialistas acreditam que ela não representa uma ameaça substancial em relação às outras variantes atualmente circulantes. No entanto, é importante que as pessoas continuem seguindo medidas de prevenção, como uso de máscaras, distanciamento social e vacinação, para reduzir o risco de infecção e transmissão do vírus.









