A crise de ansiedade é uma situação que causa grande sensação de angústia, nervosismo e insegurança, como se algo de muito mau, e que foge completamente do controle, fosse acontecer a qualquer momento. A neuropsicóloga Fernanda Barreto ressalta que a volta às aulas é conhecida por gerar ansiedade em parte dos alunos pelo medo do novo ou pelo retorno com uma rotina que traz cobranças e responsabilidades.
Segundo a especialista, alguns jovens não conseguem enfrentar este momento e o transformam em uma situação que, se não for bem acompanhada, vira de fato um problema. Por isso, é fundamental que os pais e as escolas fiquem atentos a sinais que podem indicar um grau mais elevado de ansiedade nos alunos.
Isolamento social, agressividade, choro fácil, alteração brusca de humor e falta de apetite são alguns dos sinais que devem ser observados. Caso um desses itens seja identificado e sua intensidade ou frequência for considerada alta, é indicado procurar um psicólogo ou psiquiatra para acompanhamento.
Neste sentido, o apoio familiar desempenha um papel crucial. Segundo a neuropsicóloga, a infância e a adolescência são fases de grande desenvolvimento físico, cognitivo e emocional, e é importante que os pais ofereçam suporte emocional e estejam atentos às necessidades dos filhos.
Além disso, é fundamental que dinâmicas familiares sejam retomadas. Passeios, refeições com todos à mesa e restabelecimento de rotinas e horários são algumas das medidas sugeridas para amenizar os efeitos da ansiedade no retorno à escola.
Por fim, os professores e outros funcionários da escola também desempenham um papel fundamental nesse processo. Eles devem estar preparados para ajudar os alunos a lidar com seus medos e preocupações, mantendo os pais informados sobre as atividades da escola e trabalhando em conjunto para apoiar os alunos.
Portanto, a volta às aulas pode ser um momento desafiador, porém, com o apoio dos pais e da escola, é possível tornar esse período mais tranquilo e agradável para todos os envolvidos.