Após o Mundial de 1970, Parreira e Zagallo trabalharam juntos na seleção do Kuwait, onde o primeiro foi fundamental para o segundo. Como tradutor de Zagallo com o elenco, Parreira aprendeu muito sobre táticas e, aos poucos, foi tomando gosto pela função de treinador. A parceria se fortaleceu ao longo dos anos, e, em 1994, Parreira assumiu como técnico e Zagallo como seu auxiliar, levando o Brasil ao tetracampeonato.
Mesmo após a conquista, a amizade entre os dois continuou firme, e em 2003 eles foram chamados para comandar a seleção brasileira mais uma vez, visando repetir o sucesso alcançado em 1994. No entanto, em 2006, a parceria não rendeu os resultados esperados, e o Brasil foi eliminado nas quartas de final da Copa do Mundo, na Alemanha.
A relação entre os dois transcendeu as quatro linhas, e suas famílias se tornaram amigas ao longo dos anos. Parreira enalteceu a influência de Zagallo em sua carreira, afirmando que deve toda a sua formação básica a ele. Por sua vez, Zagallo falou da importância da parceria com Parreira, afirmando que ele foi fundamental, inclusive na motivação da equipe.
Após a decepcionante campanha na Copa de 2006, a relação entre os dois técnicos ficou marcada como uma das mais longas e bem-sucedidas da história do futebol brasileiro. Eles mostraram que o sucesso é a consequência de uma parceria sólida e duradoura, que vai muito além do campo de jogo.
