No total, existem 3.416 municípios que disponibilizam cursos, tanto presenciais quanto na modalidade de Educação a Distância (EaD). Juntos, esses locais abrigam aproximadamente 4,6 milhões de estudantes, uma marca significativa que representa cerca de 89% das matrículas registradas em cursos EaD no Brasil. Notavelmente, o número de alunos em cursos de educação a distância superou, pela primeira vez, o total de estudantes matriculados em cursos presenciais, indicando uma tendência crescente nessa modalidade.
Entretanto, o crescimento da educação a distância não ocorre de maneira uniforme em todas as esferas do sistema educacional. Nas instituições privadas, a adesão à modalidade EaD é robusta, com 73% dos novos alunos optando por essa forma de ensino em 2024. Em contrapartida, nas instituições públicas, a maioria, cerca de 84%, ainda prefere cursos presenciais, ressaltando uma diferença significativa nas escolhas dos estudantes conforme o tipo de instituição.
Esses dados destacam não apenas a desigualdade no acesso à educação superior entre as cidades, mas também as diferentes realidades enfrentadas por estudantes em instituições públicas e privadas. A falta de oferta de ensino superior em tantas localidades pode ter um impacto profundo no desenvolvimento socioeconômico das regiões, além de limitar as oportunidades de crescimento pessoal e profissional para os jovens.
Diante desse cenário, surge a urgência de políticas públicas que visem expandir a oferta de educação superior, especialmente nas áreas mais carentes, para garantir que todos os cidadãos, independentemente de sua localização geográfica, tenham acesso a uma formação superior e, assim, contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.