Além dos Estados Unidos, outras democracias como Reino Unido, França, Alemanha, Coreia do Sul e Japão também viveram um movimento de troca de partido governante, sinalizando uma onda de insatisfação com as eleições tradicionais. Segundo analistas, a vitória de novas lideranças prompta uma reavaliação das instituições políticas que, ao longo do tempo, foram consideradas estáveis.
Outra tendência marcante de 2024 foi a ascensão do Sul Global, que se destacou como um ator importante nas relações internacionais. O fortalecimento de blocos como os BRICS, que se reuniu em uma cúpula em Kazan, tem se tornado cada vez mais notável, especialmente em questões de segurança, que ganharam espaço nas discussões em comparação às pautas de desenvolvimento. Essa nova ordem oferece uma plataforma para os países que não estão alinhados com as potências ocidentais, buscando construir um consenso sobre um futuro multipolar.
No entanto, os conflitos internacionais que persistem desde 2023, como a crise entre Israel e Palestina, mostraram que muitos problemas continuam sem solução, com tensões que se ampliaram em regiões como o Oriente Médio e a Faixa de Gaza. Apesar disso, eventos mais catastróficos, como um confronto direto entre as potências ocidentais e a Rússia, foram evitados.
As expectativas para 2025 indicam que as tensões no Oriente Médio e na Ucrânia podem ainda ser decisivas, com a possibilidade de um cessar-fogo em um futuro próximo, especialmente se negociado pelo novo governo dos EUA sob a liderança de Trump. As relações entre as principais potências, como os EUA e a China, continuam promissoras em termos de competição, com acordos sendo possíveis, mas apenas de forma tática, dado o abismo nas visões de futuro para o sistema internacional.
Esses desdobramentos fazem de 2024 um ano de alerta e esperança, mantendo a expectativa de transformações significativas nas relações internacionais nos próximos anos, à medida que as velhas potências se veem desafiadas por uma nova realidade política global.
