O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu terceiro mandato, conseguiu aprovar medidas econômicas importantes no Congresso, como a Reforma tributária, além de pacificar a relação com Legislativo e Judiciário. Ele é visto como a única alternativa para preservar a frente ampla que o elegeu. Aliados não escondem que o PT terá dificuldades nas eleições municipais de 2024 e Lula pediu autocrítica e aproximação com o eleitorado ainda ligado a Jair Bolsonaro.
Fernando Haddad (PT) surgiu como a principal alternativa do PT à sucessão caso Lula decida abdicar da reeleição em 2026. Em 2023, o ministro da Fazenda comandou a agenda econômica no Congresso Nacional e conseguiu aprovar a Reforma tributária. Arthur Lira (PP) acumulou poder sobre o gasto público e elevou a fatia reservada a emendas parlamentares. Tarcísio de Freitas (Republicanos) se afastou do bolsonarismo e fortaleceu seu nome para a reeleição em 2026 ao atrair prefeitos para seu grupo político. Ratinho Júnior (PSD) está entre os cotados para a corrida presidencial de 2026 e o PSD de Gilberto Kassab aumentou o número de prefeituras desde o início do ano.
Rodrigo Pacheco (PSD) terminou 2023 com gestos de conciliação à oposição e de enfrentamento ao STF. Simone Tebet (MDB) assumiu uma pasta de menor destaque, o Planejamento, e acabou eclipsada por Fernando Haddad. Marina Silva (Rede) conseguiu impor sua agenda ambiental ao governo, com foco na redução do desmatamento e políticas sustentáveis.
Jair Bolsonaro (PL) teve um ano difícil, acumulando duas condenações que o tornaram inelegível até o pleito de 2030. Romeu Zema (Novo) ainda não conseguiu se articular para ser um nome viável da direita em 2026 e Eduardo Leite (PSDB) falhou na tentativa de recolocar o PSDB como peça relevante no xadrez político. Sergio Moro (União-PR) passou a ser figura isolada da oposição na Casa e corre o risco de perder o mandato em processo aberto pela Justiça Eleitoral. Ciro Gomes (PDT) foi protagonismo de uma disputa interna e familiar no PDT e deve sofrer uma debandada no seu estado, o Ceará.
Em resumo, o cenário político de 2023 mostrou mudanças significativas nas perspectivas para as eleições futuras, com algumas figuras ascendendo, outras se mantendo estáveis, e outras perdendo relevância no espectro político brasileiro.