2023: O Renascimento de Lula, a Ascensão de Novos Nomes e a Derrocada de Bolsonaro na Política Brasileira

O ano de 2023 na política brasileira foi marcado por acontecimentos significativos que influenciaram as perspectivas para as eleições futuras. O retorno de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto pela 3ª vez foi um dos eventos mais importantes. Seu principal adversário na corrida eleitoral de 2022, Jair Bolsonaro, termina seu primeiro ano como ex-presidente inelegível até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além das duas figuras centrais, outros políticos ascenderam, alguns se mantiveram estáveis, e outros perderam a relevância.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu terceiro mandato, conseguiu aprovar medidas econômicas importantes no Congresso, como a Reforma tributária, além de pacificar a relação com Legislativo e Judiciário. Ele é visto como a única alternativa para preservar a frente ampla que o elegeu. Aliados não escondem que o PT terá dificuldades nas eleições municipais de 2024 e Lula pediu autocrítica e aproximação com o eleitorado ainda ligado a Jair Bolsonaro.

Fernando Haddad (PT) surgiu como a principal alternativa do PT à sucessão caso Lula decida abdicar da reeleição em 2026. Em 2023, o ministro da Fazenda comandou a agenda econômica no Congresso Nacional e conseguiu aprovar a Reforma tributária. Arthur Lira (PP) acumulou poder sobre o gasto público e elevou a fatia reservada a emendas parlamentares. Tarcísio de Freitas (Republicanos) se afastou do bolsonarismo e fortaleceu seu nome para a reeleição em 2026 ao atrair prefeitos para seu grupo político. Ratinho Júnior (PSD) está entre os cotados para a corrida presidencial de 2026 e o PSD de Gilberto Kassab aumentou o número de prefeituras desde o início do ano.

Rodrigo Pacheco (PSD) terminou 2023 com gestos de conciliação à oposição e de enfrentamento ao STF. Simone Tebet (MDB) assumiu uma pasta de menor destaque, o Planejamento, e acabou eclipsada por Fernando Haddad. Marina Silva (Rede) conseguiu impor sua agenda ambiental ao governo, com foco na redução do desmatamento e políticas sustentáveis.

Jair Bolsonaro (PL) teve um ano difícil, acumulando duas condenações que o tornaram inelegível até o pleito de 2030. Romeu Zema (Novo) ainda não conseguiu se articular para ser um nome viável da direita em 2026 e Eduardo Leite (PSDB) falhou na tentativa de recolocar o PSDB como peça relevante no xadrez político. Sergio Moro (União-PR) passou a ser figura isolada da oposição na Casa e corre o risco de perder o mandato em processo aberto pela Justiça Eleitoral. Ciro Gomes (PDT) foi protagonismo de uma disputa interna e familiar no PDT e deve sofrer uma debandada no seu estado, o Ceará.

Em resumo, o cenário político de 2023 mostrou mudanças significativas nas perspectivas para as eleições futuras, com algumas figuras ascendendo, outras se mantendo estáveis, e outras perdendo relevância no espectro político brasileiro.

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