A decisão de manter os juros inalterados reflete as preocupações do BoK em relação às incertezas geradas pela guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas, que estão impactando as perspectivas econômicas globais. Diante desse cenário, o banco central sul-coreano preferiu adotar uma postura cautelosa em relação ao aperto da política monetária.
De acordo com a autoridade monetária, o conflito no Oriente Médio tem potencial para afetar diversos setores da economia, incluindo o comércio mundial e o preço do petróleo. Esses fatores podem gerar pressões inflacionárias e impactar negativamente no crescimento econômico.
Vale ressaltar que a Coreia do Sul é um país altamente dependente do comércio exterior, sendo afetado diretamente por qualquer instabilidade na economia global. Por isso, o BoK tem sido cauteloso em suas decisões sobre a política monetária, buscando equilibrar o estímulo à atividade econômica interna com a necessidade de mitigar os riscos externos.
Além do conflito no Oriente Médio, a autoridade monetária sul-coreana também tem monitorado atentamente outros fatores que podem impactar a economia do país. Entre eles, destaca-se a evolução da pandemia de Covid-19 e seus efeitos sobre a atividade econômica e o consumo.
Apesar dessas preocupações, o BoK tem implementado medidas de estímulo monetário para impulsionar a economia sul-coreana, que foi duramente atingida pela pandemia. O banco central tem mantido taxas de juros historicamente baixas e tem adotado programas de compras de ativos para fornecer liquidez ao mercado financeiro.
Diante do atual cenário de incertezas e riscos externos, espera-se que o BoK continue monitorando de perto os indicadores econômicos e adotando medidas adequadas para sustentar a recuperação da economia sul-coreana. A manutenção dos juros básicos em 3,50% ao ano é uma sinalização de que o banco central está agindo de forma cautelosa diante do contexto global.
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