Tentativa de fraude de R$9 milhões no Siafi é bloqueada pelo sistema de alerta do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos

Na última sexta-feira, 19 de abril, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) detectou uma tentativa de fraude no valor de R$ 9 milhões no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), utilizado pelo governo federal para movimentação de recursos. A transferência suspeita, feita através do Pix, foi impedida pelo próprio sistema que emitiu um sinal de alerta e bloqueou a operação.

Esta não foi a primeira vez que o Siafi foi alvo de criminosos. No início do mês passado, em 5 de abril, o sistema sofreu um ataque que resultou no desvio de R$ 3,5 milhões para contas bancárias de uma empresa em três diferentes bancos, também realizado via Pix. Mesmo com a rápida intervenção do governo, que conseguiu recuperar parte do valor desviado, ainda resta um prejuízo de R$ 1,5 milhão, possivelmente transferido para o exterior.

Os fraudadores agiam aproveitando-se de contratos de prestadores de serviços existentes, alterando as contas dos credores para beneficiar outras empresas. A investigação já identificou os donos das senhas dos servidores que foram utilizadas para acessar o sistema, totalizando 16 senhas envolvidas no esquema.

O Ministério anunciou reforço nas medidas de segurança do Siafi, com a suspensão temporária das ordens bancárias por meio do Pix, utilizado pelos criminosos para efetuar os desvios de recursos. Além disso, o órgão emitiu um comunicado alertando para o aumento da comercialização ilícita de credenciais válidas, visando acessos indevidos e a prática de atividades maliciosas como disseminação de vírus, malwares e ataques de ransomware.

A Controladoria-Geral da União (CGU) iniciou uma investigação preliminar para verificar possíveis envolvimentos de servidores nos casos de fraude. A Polícia Federal está conduzindo as investigações, com o apoio do Tesouro Nacional e do MGI, para identificar e punir os responsáveis por essas ações criminosas que visam lesar os cofres públicos e prejudicar a administração financeira do país.

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