O Projeto Sergipe Águas Profundas consiste na instalação de uma nova plataforma de produção da Petrobras na Bacia de Sergipe-Alagoas e está previsto para entrar em operação em 2026. Segundo o senador, essa iniciativa é crucial para impulsionar a economia não só de Sergipe, mas de todo o Brasil. Ele ressaltou que qualquer mudança nos planos poderia prejudicar o aumento da oferta de combustíveis e, consequentemente, os planos de redução de preços.
O senador também levantou a possibilidade de que a Petrobras esteja interessada em limitar a oferta de gás nacional, visando manter a necessidade de volumes de gás natural liquefeito (GNL) importado, a fim de manter o GNL como referência de preço para o mercado doméstico, assegurando seus próprios ganhos. Ele alertou para a necessidade de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) investigar a situação, alegando que poderia caracterizar o abuso do poder econômico da Petrobras.
Além disso, o senador demonstrou surpresa com a decisão da Petrobras de contratar um navio plataforma com capacidade de armazenamento de 136 mil metros cúbicos para atuar por 10 anos no terminal da Bahia, que é atualmente administrado pela mesma empresa proprietária da embarcação contratada. Ele questionou a razão para um arrendamento tão longo, considerando a perspectiva de aumento da produção de gás nacional nos próximos anos por meio de diversos projetos.
Diante das questões levantadas pelo senador Laércio Oliveira, é importante que a Petrobras forneça esclarecimentos sobre suas decisões e planos futuros, especialmente no que diz respeito ao Projeto Sergipe Águas Profundas e sua estratégia para o mercado de gás. A transparência e a prestação de contas são fundamentais para assegurar o interesse público e garantir que as ações da estatal estejam alinhadas com o desenvolvimento econômico do país.