Apesar do apoio de mais de 80% da população brasileira, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) conhecida como Emenda Dante de Oliveira, não foi aprovada pela Câmara dos Deputados em 1984. O movimento foi visto como uma das maiores mobilizações populares da história do Brasil, refletindo a vontade do povo por mudanças e por uma maior participação democrática no processo eleitoral.
Durante a sessão, o senador Wellington Fagundes, autor do requerimento para a homenagem, destacou a importância da mobilização em prol das Diretas Já, afirmando que foi através dessa iniciativa que a nação conseguiu abrir caminhos para um futuro mais democrático.
A jornalista Dora Kramer, convidada para falar durante a homenagem, ressaltou o papel da imprensa na cobertura e apoio ao movimento das Diretas Já, destacando o jornal Folha de S. Paulo como um dos veículos que aderiram à causa. A viúva do deputado Dante de Oliveira, Thelma de Oliveira, emocionou-se ao recordar a visão democrática e visionária do marido, que liderou a proposição da Emenda que visava as eleições diretas.
A histórica luta pelas Diretas Já foi um marco na abertura democrática do país, que teve início durante o governo de Ernesto Geisel e se consolidou na presidência de João Figueiredo. A partir de 1982, com as eleições diretas para os governos estaduais, o cenário político começou a se transformar, culminando com o movimento das Diretas Já em 1983 e 1984.
Apesar de não ter sido aprovada na votação da Câmara dos Deputados em 1984, a Emenda Dante de Oliveira representou um importante passo rumo à redemocratização do país, que se concretizou com a eleição de Tancredo Neves pelo colégio eleitoral em 1985. A luta das Diretas Já deixou um legado de mobilização e engajamento cívico, demonstrando a força da participação popular na construção de um Brasil mais democrático e justo.
