Segundo Nísia Trindade, não há uma proposta concreta de distribuição dos hospitais federais, e essa informação foi veiculada pela imprensa sem partir do governo. Ela deixou claro que o governo federal manterá a coordenação de um programa de reconstrução desses hospitais, sempre dentro da visão do Sistema Único de Saúde (SUS).
O Ministério da Saúde já está trabalhando na construção de um programa de reestruturação dos hospitais federais, baseado nas atividades do comitê gestor estabelecido em março. Este comitê terá sua vigência prorrogada por mais 30 dias e contará com a participação de diversos órgãos, incluindo a EBSERH, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o grupo hospitalar Conceição.
Além disso, está em processo de elaboração uma portaria que definirá os itens comuns para as compras centralizadas dos hospitais federais. Segundo o secretário nacional de Atenção Especializada à Saúde, Adriano Massuda, o objetivo é criar um cronograma de reestruturação para enfrentar os problemas crônicos das unidades de forma sustentável, integrada com a rede do SUS.
A ministra Nísia Trindade destacou que os modelos de gestão definitivos serão detalhados após análises e diálogos entre os entes envolvidos, respeitando a população do Rio de Janeiro e a dinâmica de trabalho necessária. Sobre a possibilidade da EBSERH assumir as unidades, a ministra afirmou que não há essa hipótese, uma vez que o foco é resolver os problemas nos hospitais do Rio de Janeiro em conjunto com todas as partes interessadas.